17 maio, 2011

Resenha: O Nome do Vento - Patrick Rothfuss

Hoje venho falar de um livro que a muito queria ler, mas como a continuação iria sair, talvez, só no segundo semestre de 2011, fui deixando de lado para ler algumas séries que já tinham mais volumes lançados. E claro, com medo de ter que esperar tanto tempo se me apaixonasse pela história.

Quando fiquei sabendo que "The Wise Man" estava previsto para junho de 2011, e com a aproximação da data, resolvi finalmente ler.
"Este é o típico primeiro romance que muitos autores sonham escrever. O mundo da fantasia ganhou uma nova estrela"  --- Publishers Weekly
Antes de começar a falar sobre o livro, deixo claro que revelarei muito pouco sobre ele, para não estragar nenhum bom momento de leitura.

Em O Nome do Vento, somos apresentados a Kote que atualmente é dono da taverna Marco do Percurso, situada em um pequeno e distante vilarejo. Mas ninguém, a não ser o seu amigo e aprendiz Bast, sabe sua verdadeira identidade.

Até que o cronista chega à taverna, depois de ser saquiado pelo caminho e salvo por Kote dos demônios que os atacaram (na verdade, o hospedeiro que foi caça-los). No dia seguinte a sua chegada, o cronista fala que sabe que o verdadeiro nome do hospedeiro é Kvothe, o protagonista  de várias histórias que circulam pela região, o homem que muitos acreditam ser apenas uma lenda.
"Fui chamado de Kvoth, o sem sangue; Kvothe, o arcano; e Kvothe, o matador do Rei. Mereci esses nomes. Comprei e paguei por eles." ...
"Já resgatei princesas de Reis adormecidos em sepulcros. Incendiei a cidade de Trebon. Passei a noite com Feluriana e saí com minha sanidade e minha vida. Fui expulso da Universidade com menos idade do que a maioria das pessoas consegue ingressar nela. Caminhei à luz do luar por trilhas de que os outros temem falar durante o dia. Conversei com Deuses, amei mulheres e escrevi canções que fazem os menestréis chorarem." - pág. 58
Depois de uma boa conversa, Kvothe resolve finalmente contar, em 3 dias, sua história. E a partir daí, vamos desvendando aos poucos o porque deles ser considerado um mito. Quando criança, ele e seus pais faziam parte de uma trupe de teatro chamada Edena Ruh. Até que eles são atacados pelos misteriosos Chandrianos. Kvothe é o único sobrevivente da tragédia. Ele parte para a Universidade, para poder aprender mais sobre a mais sobre magia e os Chandrianos, se tornar um arcano e poder se vingar.

O livro é narrado em 3° pessoa até a parte que o protagonista começa a contar o primeiro dos três dias de que levará para terminar sua história. Depois, logicamente, é uma narração em 1° pessoa.
Com ótimos personagens, cenários muito bem construídos e com detalhes ricos, ao chegarmos na última página já ansiamos pela continuação.

Confesso que no início fiquei um pouco perdido. Não sabemos exatamente o que está acontecendo e quem são as pessoas ou o que são as criaturas. Mas isso não demora muito, sendo que antes da página 60 Kote já começa a nos falar sobre sua vida. Claro que alguns pontos ficaram para serem esclarecidos somente nos próximos livros.  

É impossível não lembrar de outras obras ao decorrer do acontecimentos. Por exemplo: O menino órfão que vai para uma escola de magia. Mas as explicações exatas que o autor dá sobre as coisas, chegam até a parecer plausível

Uma coisa que pode fazer muitas pessoas não gostarem do livro é o fato ode Kote aprender tudo muito rápido. Pode dar a impressão de "Eu sou o melhor e sou invencível". Mas se pararmos para analisar, podemos facilmente entender que não é realmente assim. Afinal, se as coisas fossem tão simples assim, porque ele estaria vivendo escondido como um simples hospedeiro em um vilarejo?
Veremos no próximo livro.

Para quem gosta de fantasia e ainda não se convenceu de ler o livro, aqui vai uma última tentativa. Assim como Tolkien, Patrick Rothfuss criou um mundo inteiro para sua história (não estou comparando, já que esse é o primeiro livro do autor). E é um grande admirador de George R. R. Matin, criador da série Crônicas de Fogo e Gelo.

Bom, recomendo muito o livro

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