09 dezembro, 2012

Resenha: Eriana: Filha da Morte e Vida - Marcelo Paschoalin

Acho muito injusto chamar a obra de um autor de Tolkiniana (ou Tolkiana ou qualquer variação) para representar um universo (na maioria das vezes medieval) e que saiu da cabeça do autor junto com seus personagens, histórias de fundo, mapas e lugares. Isso sem querer tira o mérito do mesmo ao concebê-lo pois me admira muito pessoas que criam segundos mundos e conseguem preenche-los de vida não em apenas um, mas em vários livros. E me orgulha muito quando são de nosso país. Por isso apresento a vocês uma resenha do primeiro livro que lí do autor Marcelo Paschoalin, passado no continente de Andora. "Eriana: Filha da Morte e Vida".
"Men fear death as children fear to go in the dark; and as that natural fear in children is increased by tales, so is the other." Francis Bacon, no início do livro.
Conheci o Marcelo na Jedicon, evento de Guerra nas Estrelas, em 2011 durante uma palestra de autores de literatura fantástica brasileira. O que me chamou a atenção, além da simpatia do autor, foi o tamanho do livro. Num formato 12×18 e apenas 138 páginas. Vamos lá:

Eriana é uma sacerdotisa da deusa Gwyanna, deusa da morte e da vida. Atormentada por sonhos ela explora uma abadia aparentemente abandonada procurando respostas para misteriosos desaparecimentos que ocorrem numa vila próxima. O que ela encontra lá, prova-se como um verdadeiro teste de sua fé. 

Com a dualidade sempre presente, o livro é rápido de se ler e uma aventura muito gostosa de digerir. O tamanho do mesmo ajuda e muito. Focado desde o começo em Eriana, somos apresentados a personagens secundários que pouco são aprofundados, mas desde o começo fica claro que estamos acompanhando a jornada da personagem-título e o objetivo é seu amadurecimento nessa história. As descrições também são um ponto positivo bem como a caracterização de uma época mais antiga mostrando-se até na forma dos personagens falarem.

Os outros livros do autor passados em Andora, A Última Dama do Fogo e Regência de Ossos (os quais falarei futuramente) expandem muito mais esse universo. Considero este como um conto (um excelente conto) passado nesse mundo que tem enorme potencial para crescer mais e mais. E faço um apelo pessoal ao Marcelo Paschoalin: Mais histórias desse mundo, e mais histórias com Eriana e as outras protagonistas. Quem sabe aí, num épico de um (se posso assim chamar) "Universo Andoriano"?

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