“A vida é escrota, aleatória e arbitrária, até que se encontre alguém que faça tudo isso fazer sentido, mesmo que apenas temporariamente.” - Pag 241
Geralmente para quem é aficionado em leitura, a experiência de ler um livro é sempre melhor do que ver toda aquelas ideias em uma tela de cinema. Li algumas resenhas sobre esse livro, e pude perceber que, nesse caso, as opiniões estavam muito divididas. Eu particularmente amei ambos, mas o filme se sobressaiu um pouco mais.
Creio que muito de vocês já tenham ouvido falar do filme que deu a Jennifer Lawrence o Oscar de melhor atriz coadjuvante, O Lado Bom da Vida. Depois de muita enrolação, assisti o filme algumas semanas atrás, e achei o prêmio muito bem merecido.
A história começa com Pat Peoples - interpretado por Bradley Cooper - um ex-professor de história que acaba de sair de uma clínica psiquiátrica, ou como ele mesmo diz, o “lugar ruim”. Ele não se lembra a razão e nem por quanto tempo ficou lá, mas sabe que é apenas um “tempo separado” de sua esposa, Nikki, por quem nutre um amor fora do comum, e faz de tudo e mais um pouco para se tornar exatamente o homem que ela sempre quis.
Sua mãe o trás de volta para casa sem o consentimento de seu pai - um fanático pelos Eagles, um time de futebol americano, que o faz tão doente psicologicamente quanto o filho (ele sim é que deveria ter passado uma temporada no lugar ruim haha). Aos poucos ele tenta ir se aproximando um pouco mais dele, e também de seu irmão, a quem não falava a muito tempo e de seu melhor amigo. Contudo, seu principal objetivo, é ficar em forma, acabar com os vícios de sua vida antiga e se tornar uma pessoa melhor e mais positiva para reconquistar sua mulher.
Mas a vida é cheia de surpresas, e no meio de sua trajetória, conhece Tiffany - uma jovem viúva que está num impasse para superar a morte do marido, e tão psicologicamente perturbada quanto Pat. Acabam encontrando um no outro tudo aquilo que estavam procurando - alguém que pudesse entender sua situação perfeitamente. Sem julgamentos ou pré-conceitos, Tiffany oferece sua ajuda para ele tentar se comunicar com Nikki, e em troca, que ele ajude ela em um concurso de dança. O desenrolar da história, você vai precisar ler o livro, ou ver o filme.
Eu honestamente adorei a narração desse livro. É em primeira pessoa, porém em forma de diário. E sendo Pat uma pessoa psicologicamente perturbada, sua mente de 30 anos funciona como a inocência de uma criança. E tudo o que ele quer e tenta mostrar para as pessoas, é enxergar o lado bom de toda as situações, por piores que possam parecer. E é isso que deveríamos seguir em nossas próprias vidas. Situações ruins vão aparecer, obstáculos também, mas o que nos define é a forma em que enfrentamos cada um deles.
Único ponto negativo que deixou a leitura um pouco cansativa para mim, foi o foco que foi dado aos jogos de futebol americano. Para quem gosta, não será nenhum problema, é claro (talvez tenha sido por isso que acabei gostando mais do filme).
Trailer do filme
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